
De alguma maneira algo me prende aqui, algo forte demais, difícil de se livrar. Tento correr, inútil. Tento escapar dessas correntes imaginárias, fracasso total. Já não sei suportar, não mais. Sentidos e certezas jogadas ao ar, ao vento, jogadas ao infinito. Não consigo me libertar... como isso? Paranóias, paranóias. Estou ficando louca, preciso de liberdade, o mais rápido possível, mas pra onde teria ido minha liberdade? Mas à um sinal de vida aqui dentro, será possível? Ele ainda faz barulho, parece ser um tal de "tum, tum, tum tum", o que seria isso? porque faz barulho? devo arrancá-lo? E num momento de distração, meus olhos percorreram a imensidão procurando um fim para tudo aquilo. E ali estava, ali. Parado, me mirando! "Respiração? o que seria isso? para de se auto-destruir." O que? agora aquele barulho que me atormentava está tão rápido que nem se quer posso saber o som exato, ele bate forte, parecido com trovões em dias de tempestades. Respiração ofegante, batimentos acelerados! Seria paranóia? Meu fim chegava cada vez mais perto, não sei, mas tive a leve impressão que ele tocou meu braço, e eu senti, senti isso dentro de mim, mar de sentimentos. Estou com medo! O que seria isso tudo? porque esse mar de sentimentos? Porque Meu fim insisti em me olhar? O que ele quer? será que ele não vê, estou Paranóica, seria ele também um pedaço de minha alucinação? Dúvidas e mais dúvidas. Nenhuma resposta. Meu fim se aproximava, respirações ofegantes, corações palpitantes. A certeza então veio, Meu Fim chegou. E então, como num piscar de olhos senti algo estranho em minha boca, abri meu olhos com medo, mas abri; e lá estava, Meu Fim e Eu. Sentimento estranho se ajeitava dentro de mim, e eu me envolvi com Meu Fim, não o deixando escapar, o apertando. O que acontecera comigo? Porque tudo isso? havia um motivo, mas qual seria ele? E então me deixei levar pela onda de sentimentos. E quando me dei conta, estava eu, jogada no chão do quarto, ofegante, coração palpitante, paranóica. Um sonho, uma alucinação. Olhando para cima, distante do mundo real, me vi novamente em frente ao Meu Fim, e eu sorria, um sorriso terno, angelical. E tive a confirmação do que sentia, eu estava irrevogavelmente apaixonada por ele, pelo MEU FIM. Minha alucinação, a minha alucinação. Meu Fim e Eu. Juntos! Paranóia, talvez... Mas eu o amava, e muito.
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